Mostrando postagens com marcador Altas habilidades e Superdotação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Altas habilidades e Superdotação. Mostrar todas as postagens
quinta-feira, 26 de março de 2015
Todos pela educação
A meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE) é universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à Educação Básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Altas habilidades e Superdotação
Hoje vamos conversar sobre a educação dos
superdotados é, sem duvidas, complexa, e, ao mesmo tempo, desafiadora. Há muito
material bacana pra estudar quem tiver interesse eu convido para descobrir os
mistérios dos superdotados.
Muitas
crianças e jovens são extremamente inteligentes, criativos ou excepcionalmente
brilhantes, e são educados por adultos que não sabem, não percebem ou não
entendem o alcance de seu potencial intelectual. Esses estudantes, algumas
vezes, são erroneamente identificados como tendo problemas de conduta.
Normalmente os superdotados chegam na escola sabendo muito dos conteúdos e têm
de assistir aulas projetados para alunos cujo o ritmo de aprendizagem é mais
lento, portanto a aula para esse aluno se tornara fraca e desinteressante.
As pessoas que marcaram a história por suas contribuições ao
conhecimento e á cultura não são lembradas pelas notas que obtiveram na escola
ou pela quantidade de informações que conseguiam memorizar, mas sim pela
qualidade de suas produções criativas, expressas em concertos, ensaios, filmes,
descobertas cientificas, etc. [Renzulli & Reis, 1985]
Joseph
Renzulli, renomado pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa sobre o
Superdotado e Talentoso da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, em
seu Modelo dos Três anéis, considera que os comportamentos de superdotação
resultam de três conjuntos de traços:
a) habilidade acima da média em alguma área do conhecimento (em relação aos
pares da mesma idade e origem social e cultural),
b) comprometimento com a tarefa(implica em motivação, vontade de realizar uma
tarefa, perseverança e concentração);
c) criatividade (pensar em algo diferente, ver novos significados e implicações,
retirar ideias de um contexto e usá-las em outro).
Nem sempre a
criança apresenta este conjunto de traços desenvolvidos igualmente, mas, se lhe
forem dadas oportunidades, poderá vir a desenvolver amplamente todo o seu
potencial.
Renzulli
discute ainda a importância de se entender a superdotação como um comportamento
que pode ser desenvolvido em algumas pessoas (naquelas que apresentam alguma
habilidade superior à média da população), em certas ocasiões e sob certas
circunstâncias (e não em todas as circunstâncias da vida de uma pessoa)
[Renzulli & Reis, 1997].
Esta
diferenciação é importante, pois este autor, ao considerar a superdotação como
um comportamento a ser desenvolvido, retira a discussão da questão, muitas
vezes estéril, de se rotular uma criança como superdotada ou não, para
enfocá-la na necessidade de se oferecer oportunidades educacionais fundamentais
e variadas para que um número maior de crianças possa desenvolver e apresentar
comportamentos de superdotação.
Deste ponto
de vista, segue-se que tais comportamentos podem e devem ser desenvolvidos
naquelas pessoas que não são, necessariamente, as que tiram as melhores notas
ou apresentam maiores resultados em testes de QI.
Frequentemente
se confundem termos como precocidade, “criança prodígio”, gênio ou
“hiperatividade” com as Altas Habilidades/Superdotação.
• Chamamos de precoce a criança que apresenta alguma habilidade
específica prematuramente desenvolvida em qualquer área do saber ou do fazer
como, por exemplo, na música, na matemática, na linguagem, na leitura, nas
habilidades motoras. As crianças precoces tendem a se equiparar com seus pares,
à medida que passa o tempo. A criança com Altas Habilidades/superdotação pode
apresentar precocidade em alguma área, mas os dois termos não são sinônimos.
• A “criança prodígio” é aquela que apresenta um desenvolvimento, em
alguma área do saber ou do fazer humano, equivalente ao de um adulto
especialista na área. Um exemplo foi a atriz Shirley Temple (que chegou a ser
cogitada para a personagem do filme “O Mágico de Oz”, interpretada por Judy
Garland). Entretanto, a atriz não teve uma performance tão destacada depois que
se tornou adulta. Esse termo, portanto, não é equivalente de altas
habilidades/superdotação.
• Mozart, assim como Einstein, Gandhi, Freud e Portinari, entre
outros mestres, são exemplos de gênios, termo este reservado para aqueles que
deram contribuições extraordinárias à humanidade. São aqueles raros indivíduos
que, até entre os extraordinários, se destacam e deixam sua marca na história.
Certamente os gênios foram pessoas com altas habilidades/superdotação, mas não
toda pessoa com altas habilidades/superdotação será necessariamente um gênio.
Portanto, esses termos também não são sinônimos.
O transtorno
de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico,
de origem genética, causado por alterações no funcionamento e nas conexões de
alguns neurotransmissores. Os sintomas comuns do TDHA (desatenção,
impulsividade e hiperatividade), muitas vezes, levam a diagnosticar uma criança
com Altas Habilidades/Superdotação como “hiperativa” equivocadamente.
Entretanto, sob hipótese alguma o TDAH é sinônimo de Altas
Habilidades/Superdotação.
Existem
crianças muito inteligentes e crianças superdotadas. Há diferenças entre elas.
Nas pesquisas que fiz, encontrei algumas informações que poderão ajudar você,
professor, a distinguir um aluno superdotado de um muito inteligente.
Identificando
e atendendo as necessidades educacionais dos alunos com altas
habilidades/superdotação. Segundo Reynoldes e Birch (1982), e Lewis e Doorlag
(1991), há seis princípios importantes que podem auxiliar o professor a
oferecer experiências educacionais apropriadas para esse grupo de alunos, no
contexto da sala inclusiva:
1. Estimular a independência de estudo do aluno,
ensinando-o a ser “eficiente e efetivo” nessa tarefa. Assim, é interessante que
o professor estimule o aluno a ler, a pesquisar, a buscar novas informações em
material extra-classe, de forma que ele aprenda a estudar pesquisando. Desta
forma, o aluno não precisa ficar “amarrado” ao conteúdo regular do plano de
ensino da série ou nível em que se encontra (por ele, muitas vezes, já
dominado) andando em seu próprio ritmo, ao mesmo tempo em que se evitam
problemas na interação com colegas e mesmo com o professor.
2. Estimular que os alunos utilizem processos
cognitivos complexos, tais como o pensamento criativo, a análise crítica,
análises de prós e contras, etc... Esse tipo de atividade permite ao aluno
exercitar suas competências de forma construtiva e favorecedora de um
desenvolvimento dentro de seu próprio ritmo.
3. Estimular os alunos a discutirem amplamente
sobre questões, fatos, ideias, aprofundando gradativamente o nível de
complexidade da análise, até culminar em um processo de tomada de decisão e de
comunicação com os demais acerca de planos, relatórios e soluções esperadas a
partir das decisões tomadas. Este procedimento não só estimula as operações de
análise (reflexão sobre os múltiplos componentes da realidade enfocada, a
identificação de possibilidades alternativas para a solução de problemas) e de
síntese, como também a organização do pensamento, o raciocínio lógico, o
planejamento de ações, a avaliação de possíveis consequências e efeitos das
ações planejadas, a comunicação social das ideias, dentre outras competências.
4. Estabelecer as habilidades de comunicação
interpessoal necessárias para que os alunos trabalhem tranquilamente com
parceiros de diferentes faixas etárias, e de todos os níveis do desenvolvimento
cognitivo. O fato de ter altas habilidades, sejam elas as competências que
forem, pode tornar-se impeditivo para a convivência entre pares, razão pela
qual é de grande importância que a interação e a comunicação interpessoal
constituam objetivos de ensino, de igual importância aos demais conteúdos
curriculares.
5. Estimular o desenvolvimento do respeito pelos
demais seres humanos, independentemente de suas características, talentos e
competências. A criança portadora de altas habilidades pode se tornar alguém
impaciente com pessoas que funcionam em nível ou ritmo diferente do seu, ou
desenvolver um padrão de a elas desqualificar. Isto é prejudicial para seu
desenvolvimento pessoal e social, podendo ter conseqüências destrutivas para
seu próprio processo de aprendizagem, bem como para a sociedade. Assim, tratar
do desenvolvimento e da prática do respeito humano enquanto conteúdo curricular
é de importância e relevância educacional e social.
6. Desenvolver expectativas positivas do aluno
quanto a escolhas profissionais que possam otimizar o uso de seus talentos e
competências. (p.396).
Lewis e
Doorlag (1991) abordam especificadamente a questão da criatividade, a qual
“pode também ser conceituada como a habilidade de gerar soluções novas para
problemas específicos” (p.397).
Fonte: MEC/SEESP – Projeto Escola Viva – Cartilha 09: Identificando e
atendendo as necessidades educacionais especiais dos alunos com altas
habilidades/superdotação (2000) – Acesso no site: www.portal.mec.br/seesp
Sites interessantes:
Indicação de livro: Talento e
superdotação Problema ou solução? SABATELLA, Maria Lucia Prado.

Assinar:
Comentários (Atom)


.jpg)
