sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Tipos de Discalculia - SEI Centro de Desenvolvimento e Aprendizagem

Tipos de Discalculia 

Existem diferentes Tipos de Discalculia

Na base da discalculia estão dois principais tipos de limitações: de natureza visuo-espacial, através das quais a criança tem dificuldade em processar aquilo que os seus olhos vêem; e de natureza linguística, através das quais a criança tem dificuldade em processar e compreender aquilo que ouve. Daqui resulta uma grande variedade de dificuldades ao nível da matemática, cujos efeitos podem variar de pessoa para pessoa, assim como ao longo das diferentes etapas da vida de cada pessoa.
Existem seis tipos principais de discalculia, com sintomas específicos de desempenho ao nível do sentido do número, da realização de operações matemáticas e da resolução de problemas. Os sintomas podem ocorrer individual ou conjuntamente:

Discalculia de Tipo Verbal:

A criança tem dificuldades em compreender os conceitos matemáticos quando estes são apresentados oralmente, em nomear as quantidades e os números, e em utilizar o vocabulário e os símbolos matemáticos.

Discalculia de Tipo Practognóstico:

A criança tem dificuldades em enumerar, comparar e quantificar objetos reais e/ou ilustrados.

Discalculia de Tipo Léxico:

A criança tem dificuldades em ler números e/ou símbolos matemáticos.

Discalculia de Tipo Gráfico:

A criança tem dificuldades em escrever símbolos matemáticos, isto é, apresenta sérias limitações em copiar números e/ou em escrever números ditados.

Discalculia de Tipo Ideognóstico:

A criança tem dificuldades em fazer cálculos mentais, bem como em compreender os conceitos matemáticos e a relação entre os números (por exemplo, identificar se um número é maior do que o outro).

Discalculia de Tipo Operacional:

A criança tem dificuldades em realizar as operações matemáticas.




Tipos de Discalculia - SEI Centro de Desenvolvimento e Aprendizagem

Discalculia. O que é? - SEI Centro de Desenvolvimento e Aprendizagem

O que é Discalculia?

Definição de Discalculia

Discalculia é uma dificuldade de aprendizagem, também conhecida como Perturbação Específica do Cálculo. Acontece como resultado de uma desordem nos sistemas de processamento do raciocínio lógico-matemático, que torna mais dificil processar e compreender o significado dos números, assim como o cálculo e a resolução de problemas matemáticos.
Geralmente, a discalculia é detetada no início da escolaridade. Se não for acompanhada com uma intervenção adequada pode colocar sérios entraves ao sucesso escolar e à progressão académica da criança. No entanto, através da implementação de estratégias de aprendizagem alternativas e de um treino especifico, as dificuldades no processamento matemático em crianças com discalculia podem ser muito atenuadas.

Dificuldades da criança com discalculia

Mesmo sendo uma dificuldade de aprendizagem relativamente frequente, é importante referir que a discalculia não é uma deficiência, uma vez que não está associada a qualquer diminuição cognitiva ou sensorial do cérebro. Do mesmo modo, a discalculia não resulta de pouca estimulação escolar ou de falta de motivação da criança para estudar e aprender. No entanto, à semelhança do que acontece com outras dificuldades de aprendizagem específicas (por exemplo, a Dislexia), a pessoa com discalculia terá necessariamente um percurso mais desafiante para conseguir os mesmos desempenhos que uma pessoa sem discalculia, não só no percurso escolar e académico, mas também na sua vida quotidiana.
A habilidade matemática é uma função cognitiva complexa que começa a desenvolver-se cedo na vida da criança, mesmo antes do início da escolaridade. Na sua essência está a capacidade de conceptualizar os números como um conceito abstrato de quantidades comparáveis. É esta complexa abstração que está na origem do sentido do número, o qual pode definir-se como a capacidade de quantificar quaisquer elementos em nosso redor.
Ao longo do seu desenvolvimento a criança vai compreendendo, de forma intuitiva, o significado dos números, a sua magnitude, as relações entre os números e a forma como estes são afetados por operações (soma, subtracção, multiplicação, divisão). Esta aquisição é feita de forma lenta e gradual, através de uma grande diversidade de experiências quotidianas que criança vai vivenciando em casa e na escola.
Crianças com discalculia apresentam limitações na habilidade matemática que resultam de dificuldades no sentido do número. Tipicamente, estas crianças têm dificuldade em ler e memorizar números, assim como em contar objectos e organizá-los por tamanho.

Caso a Caso

Importa realçar que cada pessoa aprende ao seu ritmo e à sua maneira. Mesmo que algumas crianças demorem mais tempo nos seus exercícios escolares, isso não significa que sofram necessariamente de discalculia ou outras dificuldades de aprendizagem. É preciso encontrar os métodos de estudo e aprendizagem que funcionam melhor com cada criança e, em caso de dificuldades mais pronunciadas, consultar um especialista.







Discalculia. O que é? - SEI Centro de Desenvolvimento e Aprendizagem

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Dia Nacional do Sistema Braille

HISTÓRIA DO SISTEMA BRAILLE
O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas cegas, inventado na França por Louis Braille, um jovem cego. Reconhece-se o ano de 1825 como o marco dessa importante conquista para a educação e a integração dos deficientes visuais na sociedade.

Antes desse histórico invento, registraram-se inúmeras tentativas, em diferentes países, no sentido de encontrar-se um meio que proporcionasse às pessoas cegas condições de ler e escrever. Dentre essas tentativas, destaca-se o processo de representação dos caracteres comuns com linhas em alto-relevo, adaptado pelo francês Valentin Hauy, fundador da primeira escola para cegos no mundo, em 1784, na cidade de Paris, denominada Instituto Real dos Jovens Cegos.Foi nessa escola, onde os estudantes cegos tinham acesso apenas à leitura, pelo processo de Valentin Hauy, que estudou Louis Braille. Até então, não havia recurso que permitisse à pessoa cega comunicar-se pela escrita individual.
Louis Braille, ainda jovem estudante, tomou conhecimento de uma invenção denominada sonografia, ou código militar, desenvolvida por Charles Barbier, oficial do exército francês. O invento tinha como objetivo possibilitar a comunicação noturna entre oficiais nas campanhas de guerra.
Baseava-se em doze sinais, compreendendo linhas e pontos salientes, representando sílabas na língua francesa. O invento de Barbier não logrou êxito no que se propunha, inicialmente. O bem-intencionado oficial levou seu invento para ser experimentado entre as pessoas cegas do Instituto Real dos Jovens Cegos.
A significação tátil dos pontos em relevo do invento de Barbier foi a base para a criação do Sistema Braille, aplicável tanto na leitura como na escrita por pessoas cegas e cuja estrutura diverge fundamentalmente do processo que inspirou seu inventor. O Sistema Braille, utilizando seis pontos em relevo dispostos em duas colunas, possibilita a formação de 63 símbolos diferentes, usados em textos literários nos diversos idiomas, como também nas simbologias matemática e científica em geral, na música e, recentemente, na Informática.
A partir da invenção do Sistema Braille, em 1825, seu autor desenvolveu estudos que resultaram, em 1837, na proposta que definiu a estrutura básica do sistema, ainda hoje utilizada mundialmente. Comprovadamente, o Sistema Braille teve plena aceitação por parte das pessoas cegas, tendo-se registrado, no entanto, algumas tentativas para a adoção de outras formas de leitura e escrita e ainda outras, sem resultado prático, para aperfeiçoamento da invenção de Louis Braille.Apesar de algumas resistências mais ou menos prolongadas em outros países da Europa e nos Estados Unidos, o Sistema Braille, por sua eficiência e vasta aplicabilidade, impôs-se definitivamente como o melhor meio de leitura e de escrita para as pessoas cegas.
O Sistema Braille consta do arranjo de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos, configurando um retângulo de seis milímetros de altura por aproximadamente três milímetros de largura. Os seis pontos formam o que se convencionou chamar "cela Braille". Para facilitar sua identificação, os pontos são numerados da seguinte forma:do alto para baixo, coluna da esquerda: pontos 123;do alto para baixo, coluna da direita: pontos 456.

É fácil saber qual dos pontos está determinado, pois são colocados sempre na mesma disposição.
As diferentes disposições desses seis pontos permitem a formação de 63 combinações, ou símbolos Braille. As dez primeiras letras do alfabeto são formadas pelas diversas combinações possíveis dos quatro pontos superiores (1245); as dez letras seguintes são as combinações das dez primeiras letras, acrescidas do ponto 3, e formam a segunda linha de sinais. A terceira linha é formada pelo acréscimo dos pontos 3 e 6 às combinações da primeira linha.
Os símbolos da primeira linha são as dez primeiras letras do alfabeto romano (a-j). Esses mesmos sinais, na mesma ordem, assumem características de valores numéricos 1-0, quando precedidas do sinal do número, formado pelos pontos 3456.
No alfabeto romano, vinte e seis sinais são utilizados para o alfabeto, dez para os sinais de pontuação de uso internacional, correspondendo aos 10 sinais da primeira linha, localizados na parte inferior da cela Braille: pontos 2356. Os vinte e seis sinais restantes são destinados às necessidades específicas de cada língua (letras acentuadas, por exemplo) e para abreviaturas.
Doze anos após a invenção desse sistema, Louis Braille acrescentou a letra "w" ao décimo sinal da quarta linha para atender às necessidades da língua inglesa.
Os chamados "Símbolos Universais do Sistema Braille" representam não só as letras do alfabeto, mas também os sinais de pontuação, números, notações musicais e científicas, enfim, tudo o que se utiliza na grafia comum, sendo, ainda, de extraordinária universalidade; ele pode exprimir as diferentes línguas e escritas da Europa, Ásia e África.
Em 1878, um congresso internacional realizado em Paris, com a participação de onze países europeus e dos Estados Unidos, estabeleceu que o Sistema Braille deveria ser adotado de forma padronizada, para uso na literatura, exatamente de acordo com a proposta de estrutura do sistema, apresentada por Louis Braille em 1837, já referida anteriormente.
O Sistema Braille aplicado à Matemática também foi proposto por seu inventor, em 1837. Nesta época foram apresentados os símbolos fundamentais para algarismos, bem como as convenções para a Aritmética e para a Geometria.
De lá para cá, novos símbolos foram criados, determinados pela evolução técnica e científica, e outros foram modificados, provocando estudos e tentativas de se estabelecer um código unificado, de caráter mundial, o que foi inviabilizado pela acentuada divergência entre os códigos.
Conforme forem combinados os pontos entre si, formar-se-ão as letras; por exemplo, o ponto 1, sozinho, representa o "a".

Fonte:Texto retirado da internet